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Bosch no Brasil
30/10/2020

Mobilidade Urbana Sustentável: por que impacta na qualidade do ar?

Como a tecnologia colabora para um trânsito mais sustentável

Mobilidade urbana sustentável: por que impacta na qualidade do ar?

Os problemas ambientais são um desafio que afeta todas as cidades do mundo. Mesmo aqueles locais mais distantes dos grandes centros urbanos estão sentindo as mudanças provocadas pela poluição do ar. Por isso, a mobilidade urbana sustentável é uma solução de grande valor, cada vez mais buscada por aqueles que se preocupam com o equilíbrio entre os avanços tecnológicos e meio ambiente.

Apesar de influenciar muito, o uso de veículos não é o único fator que agrava a situação climática.

Tendências, como a intensificação da urbanização ou mesmo comodidades, como fazer encomendas e receber as entregas em casa, se tornam um obstáculo constante para manter um ar limpo. Por esse motivo, a mobilidade e a sustentabilidade devem, mais do que nunca, andar juntas.

Entenda, neste artigo, a importância de uma mobilidade urbana sustentável, que garanta um ar mais limpo e condições para que as pessoas tenham mais qualidade de vida nas cidades e em todo lugar. Boa leitura!

O que é a mobilidade urbana sustentável?

A mobilidade urbana sustentável envolve a implantação de sistemas sobre trilhos, entre os quais se encontram os metrôs, trens e VLTs. Juntamente a esses transportes, ela também está integrada a calçadas mais confortáveis, niveladas, bem como esteiras rolantes, ciclovias. A ideia é a criação de infraestrutura para meios de locomoção alternativos de maneira que eles sejam acessíveis.

Cabe ressaltar, que a necessidade de desenvolver e transformar a mobilidade urbana não é nova.

No entanto, com o passar do tempo e com o aumento da concentração de pessoas residindo nos grandes centros, outro problema passou a fazer parte dessa discussão: a sustentabilidade.

Com o aumento do número de veículos motorizados circulando, a necessidade de transportes coletivos e demais frotas destinadas ao transporte de cargas, a questão da poluição do ar se agravou.

A emissão de poluentes no ar é algo com o que se preocupar.

Assim, a tentativa de reverter esse cenário é justamente a iniciativa de realizar mudanças mais profundas do que as convencionalmente adotadas para, de fato, solucionar os problemas que comprometem ambos os fatores: mobilidade e sustentabilidade.

mulher apertando sinal do onibus

Quais são os seus principais desafios?

A alta concentração de pessoas em cidades maiores configura um dos principais desafios da mobilidade urbana. Isso porque esse crescimento populacional resulta em mais indivíduos precisando se deslocar de um lugar a outro, mais de uma vez, e preferencialmente de forma rápida - o que geralmente não ocorre.

Além da ineficiência da mobilidade urbana, o fator ambiental é uma vítima nesse processo. Quanto mais as cidades crescem, menos tendem a ser sustentáveis, já que as suas fontes de emissão de poluentes se multiplicam.

Isso afeta não só a qualidade do ar, mas também a qualidade de vida das pessoas. Na América Latina, os meios de transporte estão entre os maiores vilões nas emissões de gases de efeito estufa. Por isso, é tão urgente aliar as estratégias de mobilidade com as de sustentabilidade — tendo uma visão holística para os fatores ambientais, sociais e econômicos.

O objetivo é aumentar a utilização de veículos limpos, ampliar o uso de transportes não motorizados, como bicicletas, e demais recursos que ajudem a proteger a qualidade do ar das cidades. Além disso, soluções como o Transporte Rápido por Ônibus (BRT) e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) são importantes nessa missão.

Em geral, é preciso também estimular hábitos diferentes e provocar mudanças culturais com melhorias simples, como:

  • melhoramento das condições das calçadas nos ambientes urbanos, incentivando a circulação de pedestres se deslocando a pé e reduzindo o uso de carros e motos;
  • acesso a um transporte coletivo de qualidade, rápido, seguro e eficiente, com acessibilidade em seus terminais e estações;
  • investimento em uma infraestrutura de ciclovia que estimule o trânsito entre bairros de forma segura e facilitada
.

Por que a qualidade do ar é tão importante?

mulher jovem sentindo ar puro

O dióxido de carbono é um gás que está sendo emitido constantemente no ar, sendo um dos grandes responsáveis pelo chamado efeito estufa. O aumento da concentração de CO2 é um fator diretamente relacionado ao aquecimento global, o que faz dele o inimigo número 1 da proteção climática.

Assim, a forma de ajudar a reduzir os impactos causados por ele e melhorar a qualidade do ar é mitigando e combatendo a emissão desse gás em todas as áreas possíveis. Dessa forma, é possível beneficiar tanto as pessoas quanto o meio ambiente.

Existem diversas maneiras de fazer isso, desde a conscientização individual até o desenvolvimento de novas tecnologias que ajudam os grandes centros urbanos tanto em eficiência quanto em sustentabilidade. Investir na mobilidade urbana sustentável é um meio para isso.

O que influencia a sustentabilidade na mobilidade urbana?

As causas para a má qualidade do ar são diversas, o que torna a sustentabilidade um objetivo complexo. As emissões de partículas e óxidos de nitrogênio têm muitas origens e o trânsito não é a única fonte.

No caso da poluição nas grandes cidades, os maiores responsáveis pela degradação são os óxidos de nitrogênio e os materiais particulados.

Porém, também existem outros fatores envolvidos, inclusive naturais, como a temperatura, a radiação solar e assim por diante.

Em função da complexidade e da variedade de emissores, medidas simples já não dão conta de reverter o cenário. Por isso, a melhor maneira de alcançar melhorias sustentáveis é reduzir as emissões o máximo possível em todas as áreas.

Como a Bosch trabalha a sustentabilidade na mobilidade urbana?

carros em congestionamento

A Bosch busca uma visão de mobilidade tão livre de emissões quanto possível. A mobilidade é encarada como um conceito holístico — por isso são procuradas soluções baseadas na tecnologia automotiva dos diversos tipos de veículos. Essa experiência é aplicada no combate às causas da má qualidade do ar.

Etanol e a Bosch

Com grande disponibilidade de terras para a agricultura, o Brasil viu na cana-de-açúcar uma saída para o problema e criou, em 1975, o Proálcool – Programa Nacional do Álcool – que oferecia incentivos fiscais e linhas de financiamentos para o desenvolvimento de uma opção a gasolina.

Como resultado, em 1979, o mercado passou a comercializar automóveis com motor a etanol.

Em 2003 chega ao mercado o motor Flex Fuel – Besaliel Botelho - Presidente da Robert Bosch na América Latina - foi um dos protagonistas no desenvolvimento da tecnologia. O sistema permite que o motor trabalhe tanto com gasolina quanto com etanol. Anos depois, mais precisamente em 2009 a Bosch lança o sistema FlexStart.

O FlexStart é um conceito de aquecimento de etanol para partidas a frio em veículos Flex Fuel. O sistema elimina o reservatório de gasolina (tanquinho) dos veículos flex, auxilia na dirigibilidade do veículo a frio e permite estratégias que podem reduzir a emissão de poluentes.

Os chamados carros híbridos são o caminho para quem quer unir sustentabilidade, eficiência e economia em um único veículo

A mobilidade dá novos passos rumo a um novo momento. A eletrificação do veículo é o futuro da indústria automotiva e a Bosch uma líder em soluções para este mercado, oferece soluções inovadoras para veículos elétricos e híbridos.

Os híbridos - eletrificação e combustão - têm se apresentado como uma opção e é um passo importante para propulsar os veículos totalmente elétricos. Eles garantem a redução das emissões de poluentes e de combustível em até 30%, já que o motor elétrico é acionado no instante em que o carro atinge sua melhor performance. Outra vantagem do híbrido é que os motores elétricos são capazes de gerar energia elétrica quando operados para regeneração de frenagem, reduzindo a necessidade de criação de estrutura de carregamento das baterias.

Powertrain elétrico com células a combustível

Um powertrain silencioso impulsionado por hidrogênio – de preferência produzido por meio de energia renovável. Na célula de combustível, esse hidrogênio é convertido em energia elétrica para o motor elétrico do veículo. Tudo o que sai do escapamento é água – não há emissões locais de CO2.

A inovadora tecnologia de células de combustível da Bosch está sendo desenvolvida para caminhões pesados e há planos de utilizá-la em automóveis de passageiros no futuro. Este powertrain é adequado para a condução urbana e para viagens que percorrem centenas de quilômetros por dia.

Grupo Bosch: perspectivas para 2020 e estratégia de longo prazo

Apesar dos desafios atuais, a Bosch mantém seu plano estratégico de longo prazo: a fornecedora de tecnologia e serviços continua na busca sistemática e ambiciosa de suas metas climáticas e, para isso, está desenvolvendo soluções que visam apoiar a expansão da mobilidade sustentável. “Embora outras questões estejam em destaque atualmente, não podemos perder de vista o futuro do nosso planeta”, disse Volkmar Denner, CEO do Grupo Bosch mundial. A empresa atingirá suas metas de ação climática globais para 2020 e chegará à neutralidade de carbono em todas as suas 400 unidades em todo o mundo. Além disso, a Bosch estabeleceu o objetivo de tornar as atividades ao longo da sua cadeia de valor as mais neutras possível - até 2030, as emissões deverão ser reduzidas em 15%.

A empresa também planeja reunir a sua experiência em mais de 1.000 projetos de eficiência energética em uma nova empresa de consultoria, a Bosch Climate Solutions.

Como a ação climática está acelerando as mudanças estruturais em muitos setores, o hidrogênio está se tornando cada vez mais importante tanto na indústria automotiva quanto na de construção. A Bosch está desenvolvendo, juntamente com parceiros, células de combustível móveis e estacionárias. No que diz respeito à mobilidade, de acordo com Denner é importante ter uma ampla tecnologia que não estabeleça apenas um único caminho para a mobilidade sustentável, mas que também leve em consideração motores de combustão eficientes e, principalmente, combustíveis sintéticos renováveis e células de combustível.

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