Cidades do futuro: saiba mais sobre elas e suas vantagens
As populações urbanas estão crescendo: de acordo com as Nações Unidas, cerca de dois terços da população global viverão em conurbações até 2050 – em 2014, este número equivalia apenas à metade. Devido à intensificação do processo de urbanização, novos desafios surgem, e eles devem ser resolvidos por meio de soluções inteligentes.
A lista de impactos devido ao crescimento da população é extensa. É possível destacar, por exemplo, o aumento do número de carros nas ruas e, consequentemente, grandes congestionamentos, emissão de gases nocivos ao meio ambiente e crescimento de acidentes. Uma forma de minimizá-los e até reverter essa possibilidade é investindo nas cidades do futuro.
Como serão as cidades do futuro?
As cidades do futuro têm um objetivo bastante claro: maximizar a qualidade de vida, minimizando o consumo de recursos. É uma ideia voltada à eficiência e, em consequência, à sustentabilidade do planeta.
Além disso, muitos pesquisadores desenvolveram algumas projeções de que elas se assemelhem bastante às cidades do passado em alguns aspectos. Por exemplo, uma quantidade maior de pessoas andando nas ruas, bairros onde é possível trabalhar, estudar e comprar sem precisar percorrer grandes distâncias, menos veículos nas vias e mais natureza à vista. No entanto, será preciso forte investimento em tecnologia.
A mobilidade urbana é fator-chave nesse sentido. É preciso pensar em maneiras de tornar as ruas seguras, como aumentar a disponibilidade de veículos compartilhados, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa proveniente, principalmente, do trânsito e de toda sua cadeia produtiva.
Também há muito o que esperar quanto às construções urbanas, as quais deverão ter seus designs otimizados, de modo a ocuparem espaços menores e consumirem menos recursos naturais. Os prédios deverão ser adaptados para gerarem a energia que consomem a partir de fontes renováveis, como a luz solar e o vento.
Outro sistema a ser esperado é o de agricultura urbana, que possibilitará aos próprios moradores da cidade cultivarem seus alimentos orgânicos. Um modelo já em desenvolvimento é o de cultura aeropônica, ou seja, uma técnica de cultivo que consiste essencialmente em manter as plantas suspensas no ar.
Por fim, é possível aguardar todo tipo de tecnologia de ponta aplicada no dia a dia para gerar mais monitoramento, análises constantes e melhorias das mudanças instituídas. Segurança, sustentabilidade, inovação e eficiência deverão estar no foco.
Quais tecnologias serão utilizadas?
Se você está pensando de que forma tudo isso pode ser operacionalizado, chegou a hora de conhecer as principais tecnologias utilizadas e as quais continuarão sendo desenvolvidas para essa finalidade.
IoT
A internet das coisas (IoT) é uma das principais bases da cidade do futuro. A solução está encontrando caminhos em todos os setores, como:
- uma unidade compacta que mede e analisa a qualidade do ar em tempo real;
- um sistema que monitora de modo digital os níveis de água dos rios e avisa os riscos de inundação;
- um serviço de estacionamento completamente autônomo que facilita a vida do condutor.
Um exemplo da sua aplicação está na Baía de San Leandro, na Califórnia — a Bosch equipou cerca de 5 mil postes de iluminação com LEDs, além de fornecer um sistema de gerenciamento remoto da iluminação pública da cidade. Dessa forma, as luzes só são ligadas quando necessário. Desse modo, será possível economizar cerca de 8 milhões de dólares nos próximos 15 anos.
Impressão 3D
Há pouco tempo, a impressão 3D era considerada coisa de ficção científica. Hoje, é uma realidade utilizada desde a impressão de pequenos objetos até prédios inteiros. O potencial de criação desse recurso é enorme. Quando comparados aos custos, ao tempo de obra e aos materiais utilizados em construções convencionais, as casas e os prédios em 3D serão uma grande vantagem.
Já existem construções feitas, literalmente, a partir do barro com essas impressoras. Tudo isso em cerca de duas semanas, um prazo inimaginável em relação aos métodos utilizados na maioria dos casos. Elas são muito mais baratas e amigáveis ao meio ambiente.
Hologramas
Outro recurso importante que fará parte das cidades do futuro são os hologramas. Esse pode ser o novo recurso de comunicação e uma ferramenta importante em diversas atividades, desde a indústria até a área de saúde, por exemplo.
Essa é uma projeção bidimensional, feita para parecer tridimensional, tal como as imagens que você vê nos filmes. Sua finalidade é caminhar em direção ao uso da realidade aumentada, ou realidade expandida, facilitando atividades diárias.
Os mapas extremamente detalhados projetados por hologramas também devem fazer parte da rotina de segurança das cidades. O recurso pode, ainda, ser usado no entretenimento, a exemplo dos shows, games e apresentações de artes.
Carros autônomos
Fundamentais para moldar o futuro das grandes cidades, as soluções inteligentes para a mobilidade urbana são fatores-chave. A Bosch está trabalhando de modo a tornar a mobilidade do futuro livre de acidentes, estresse e emissões.
Ao promover um sistema totalmente autônomo e sem o motorista na direção, a Bosch quer melhorar o fluxo do tráfego urbano, aprimorar a segurança rodoviária e construir um importante alicerce para a mobilidade do futuro.
Entre outras coisas, a tecnologia aumentará a atratividade do compartilhamento de veículos, permitirá que os usuários façam melhor uso do tempo e abrirá novas oportunidades de locomoção para aquelas pessoas que não têm carteira de habilitação.
Quais são os benefícios das cidades inteligentes?
Conheça agora quais serão os principais benefícios gerados pelas cidades do futuro.
Segurança
Com a expansão do monitoramento (e de forma inteligente), as cidades ficarão mais seguras contra a violência pública. Não haverá tantos riscos em simplesmente andar pelos passeios, seja a hora que for.
O trânsito também experimentará uma melhora significativa, afinal, muitos recursos de suporte ao motorista já estão sendo utilizados. Além disso, há uma forte tendência na utilização de veículos autônomos, que reduzem a incidência de erro humano ao volante, por exemplo.
Com o intuito de otimizar a mobilidade urbana, será investido na qualidade dos transportes públicos e alternativos, aumentando a oferta de modais eficientes e reduzindo o número de veículos particulares nas vias. Isso contribuirá para a redução de acidentes no trânsito.
Melhoria na qualidade do ar
Diante de menos emissão de gases poluentes, seja pelo trânsito, seja pela agricultura, seja pelo consumo consciente da população, a tendência é que ocorra uma melhora significativa na qualidade do ar. Muitas empresas já estão se comprometendo a reduzir ou até zerar suas emissões, como é o caso da Bosch.
Tendo menos demanda por via de trânsito, as cidades poderão contar com o aumento de praças e parques verdes, ou seja, haverá a rearborização dos espaços urbanos — mais uma vantagem referente à qualidade do ar. Além disso, outras medidas estão sendo desenvolvidas para a captação de CO2.
Conveniência
Como as cidades devem se tornar inteligentes, todas as suas ações precisam ser otimizadas. Dessa forma, resultará em melhor conveniência a todos. Pensando na questão da mobilidade urbana, será muito mais simples chamar um carro ou pegar um transporte público.
A automatização de muitas atividades afetará o dia a dia da população. Soluções a exemplo da coleta automatizada de lixo ou mesmo do desenvolvimento do delivery para tudo podem simplificar a vida.
Qualidade de vida
Por meio de um ar limpo, uma melhor condição de saúde, muito verde nas ruas e menos sedentarismo, correria e estresse, as pessoas viverão melhor. Essa é uma consequência inevitável para tantas melhorias. Portanto, a qualidade de vida também aumenta.
A medicina, a agricultura, o entretenimento, a educação e, até mesmo, o modo das pessoas trabalharem devem ser transformados. Logo, todos vão experimentar uma maneira tranquila de interagir com todas as suas atividades rotineiras, como uma consulta ao médico, o acesso à alimentação e assim por diante.
Como a Bosch contribui para as cidades inteligentes?
Minimizar os impactos dessa realidade é o que propõe o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 11, que visa a “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”. É preciso transformar os espaços urbanos para melhorar a qualidade de vida.
A Bosch está trabalhando para equipar cidades para o futuro oferecendo mobilidade inteligente, melhor qualidade do ar, segurança, conveniência e diversos outros serviços. Em suma, o objetivo é atingir uma qualidade de vida significativamente melhor nos centros urbanos. A empresa combina portfólio abrangente, o conhecimento e uma excelente experiência em sensores, softwares e serviços — 3S.
As cidades do futuro estão muito mais próximas. A maior parte das tecnologias que serão base dessa nova realidade já está sendo empregada em diversos testes — e pode ser esperada para daqui a pouco tempo. Até lá, resta se informar sobre o que está por vir e ansiar por uma vida sustentável.