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Bosch no Brasil
18/09/2020

Incêndios no campo: Como evitar?

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O aumento dos incêndios no campo é uma questão que preocupa não só os produtores, mas também o poder público. Os prejuízos da queimada se refletem na economia e na produtividade. Logo, a missão do Brasil de se tornar o principal produtor agropecuário do mundo fica atrasada, pois o país precisa melhorar diversos aspectos.

Mas como os produtores podem fazer para reverter esse quadro? De fato, o que mais pesa quando há uma alta incidência de queimadas no campo? Como as tecnologias podem ajudar a evitar que o fogo se alastre? Neste artigo, a Bosch traz para você um panorama sobre incêndios no campo e as tecnologias que vêm sendo usadas para minimizar os impactos trazidos por eles ao agronegócio. Confira!

A alta ocorrência de incêndios no Brasil

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Uma comparação entre os anos de 2019 e 2018 mostrou que o Brasil teve um aumento significativo, que ultrapassou a casa de 80%, em relação a incidências de queimadas, sendo o maior número detectado em sete anos. Mas o que leva a essa situação?

A lei permite que produtores utilizem fogo para abrir pastagens, o que é comum na agropecuária brasileira. A ideia é eliminar as chamadas ervas daninhas e até mesmo acrescentar nutrientes ao solo que venham desse material queimado. Essa prática apresenta resultados em curto prazo, mas, em longo prazo, a realidade é outra e pode trazer uma série de problemas ao produtor.

Além desse cenário no campo, o que tem acontecido também é a alta interferência humana em áreas de preservação ambiental. Apesar de essa ação ser a maior causadora dos incêndios, o Brasil também sofre com uma alta quantidade de raios que elevam as chances de queimadas especialmente nas áreas secas e quentes (resultado do aumento de temperatura), pois esses fatores facilitam a expansão do fogo.

Os prejuízos dos incêndios no campo

Os incêndios no campo são capazes de causar dezenas de prejuízos, a começar pelas questões ambientais, que causam a morte de vários animais silvestres e a destruição de matas nativas. Há muitas perdas para um país que tem uma série de queimadas — especialmente por parte dos governos de outros países que veem a situação com maus olhos, o que inclusive prejudica relações comerciais internacionais, trazendo prejuízos econômicos. 

Porém, voltando o olhar para o campo, o produtor também é bastante prejudicado no processo. Quando as queimadas atingem as suas propriedades de cultivo, há perda de hectares inteiros, e a falta de matéria orgânica no solo eleva os índices de improdutividade. Aliás, falando em solo, ele fica exposto a uma série de intempéries,

pois há danos nas suas particularidades orgânicas, causando a erosão em determinados casos.

A redução da umidade no solo é outra consequência, fazendo com que ele seja compactado, prejudicando a expansão e o respiro das raízes das plantas cultivadas. Com isso, muito do que é plantado não germina, o que significa um gasto a mais para o produtor. Em longo prazo, elementos essenciais para a vida vegetal, como nitrogênio e fósforo, são eliminados.

Sem contar que os incêndios provocam a emissão de gases danosos à atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e aquecimento global. A fauna e a flora também são bastante afetadas, provocando perdas significativas na biodiversidade do local.

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A importância da vigilância para prevenir incêndios no campo

A prevenção é colocada como a prática mais importante no combate aos incêndios no campo. Para isso, é importante que a vigilância seja feita antes mesmo do período crítico de queimadas, que costuma ocorrer em determinadas épocas do ano, especificamente de junho a novembro. A primeira coisa é verificar se na propriedade existem os chamados aceiros — faixas de terra próximas a cercas sem qualquer vegetação, que evitam que o fogo se alastre.

Outra atividade é reduzir a presença de materiais inflamáveis próximos às áreas de cultivo e também ter água disponível sempre. Nesse caso, é importante contar com meios de transporte que facilitem esse trabalho, evitando que a extensão do problema seja ainda maior. Cabe ressaltar que, em áreas afastadas e de grande extensão, a ação para combater incêndios não é simples e exige um planejamento de combate ao fogo, justamente devido às dificuldades de se chegar ao local. 

É preciso contar com equipamentos (por exemplo, tratores e bombas d’água) que poderão ajudar no controle e combate ao fogo.

Vale ressaltar que tais aspectos da vigilância devem ser acompanhados da adoção de medidas que possam eliminar a origem e até mesmo a causa dos incêndios, bem como diminuir os riscos de propagação das queimadas.

A vigilância consiste também no monitoramento constante da propriedade rural. Apesar de, em certos casos, ser possível colocar fogo para abrir pastagens, existem regras a serem cumpridas — caso contrário, o produtor precisa arcar com consequências, como multas.

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os proprietários devem manter em sua posse registros fotográficos de:

  • Áreas de Preservação Permanente (APP);
  • Áreas de Reserva Legal (ARL);
  • Aceiros (ação obrigatória em toda propriedade rural);
  • Cercas, se houver;
  • Ações de prevenção e treinamento para o controle do fogo desenvolvido na propriedade;
  • Aquisição e manutenção de equipamentos de combate ao fogo, como abafadores e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

O papel da tecnologia no processo de prevenção de incêndios

O Brasil chega a registrar, nos meses mais secos do ano, mais de 40 mil grandes focos de incêndio — uma preocupação para a saúde, para o meio ambiente e para a produção agrícola. Nas épocas com menor umidade relativa do ar, o fogo se espalha mais facilmente, destruindo lavouras e causando grandes prejuízos.

O problema tem efeitos diversos, aponta o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora focos no país por meio de satélites. Localmente, “as queimadas destroem a fauna e a flora, empobrecem o solo, reduzem a penetração de água no subsolo e, em muitos casos, causam mortes, acidentes e perda de propriedades”. Em âmbito regional, geram poluição atmosférica, prejudicando a saúde de milhares de pessoas, além de destruírem ecossistemas. Em nível global, estão associadas às modificações no clima do planeta.

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Identificação rápida de focos de incêndio

Para dificultar a propagação do fogo, a vigilância por câmeras pode fazer a diferença. A MIC 7000 HD da Bosch, acoplada a um software, identifica com rapidez focos de incêndio em um raio de até 15 quilômetros. Com rotações laterais em 360º e movimentos no sentido vertical, a câmera é especialmente útil em canaviais e plantações de eucalipto.

O software usado na detecção distingue nuvens ou neblinas da fumaça provocadas pela queima, minimizando os riscos de falsos alarmes. A câmera não só visualiza incêndio ainda em estágio inicial como indica as coordenadas exatas do problema, o que ajuda as brigadas a chegarem rapidamente ao foco. Saiba mais como ela funciona:

Prevenção em áreas cobertas

As áreas abertas das fazendas são as mais sujeitas a incêndio, mas o problema pode chegar a — ou mesmo ter início em — locais cobertos, como armazéns, granjas e estábulos. Tais áreas também podem ser monitoradas por câmeras, como a Aviotec da Bosch.

O equipamento detecta dois fatores relacionados ao fogo: a própria chama (por meio da cor, da cintilação e do formato) e a fumaça (por meio de sua propagação em velocidade constante e do movimento que faz de baixo para cima).

Para armazéns de grãos, a Aviotec traz uma importante vantagem: seu sistema não perde capacidade de detecção mesmo com grande quantidade de poeira, comum nesses ambientes. Assim, não deflagra alarmes falsos nem requer limpeza tão frequente.

Outro benefício: a câmera reconhece princípio de incêndio mesmo em locais com mais de cinco metros de altura, nos quais a fumaça demora a chegar ao teto. Isso ajuda a reduzir as proporções da queimada e facilita o seu combate. Uma vez comprovado o problema, o sistema é capaz de tomar as mais variadas ações, que vão desde emitir um alerta até acionar esguichos automaticamente. 

Visto isso, a prevenção de incêndios no campo exige não somente a vigilância, mas também a aplicação de tecnologias modernas que contribuem para a identificação de focos de incêndio e permitem uma atitude rápida.

Diante de cenários como o encontrado no Brasil, em que há uma grande concentração de queimadas devido às condições do clima e até mesmo interferência humana, que é uma das maiores causadoras de incêndios, a Bosch surge como uma parceira para o campo, trazendo tecnologia de qualidade para o dia a dia.

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