Mobilidade urbana: o que você precisa saber?
A população mundial torna-se mais urbana a cada ano. Atualmente, 54% vive nas grandes cidades, e esse número deve aumentar: a estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) é de que, até 2050, o percentual atinja os 66%, estatística que reflete e resulta nos atuais desafios da mobilidade urbana.
No Brasil, entre automóveis, picapes, furgões, ônibus e caminhões, são 60 milhões de veículos em circulação, uma média de 1 veículo para cada 3,3 habitantes, segundo o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).
Isso tem aumentado cada vez mais os congestionamentos nas grandes cidades, o número de acidentes e o impacto ambiental ocasionado pela emissão de gases nocivos à atmosfera.
A Bosch leva a tecnologia para as ruas transformando o modo como as pessoas se movem. O transporte compartilhado, os veículos elétricos, os carros autônomos e outras soluções sustentáveis são protagonistas de uma revolução que já começou.
Experimente hoje a mobilidade do futuro.
Afinal, o que é mobilidade urbana?
A mobilidade urbana é o conceito utilizado para descrever o deslocamento de qualidade nas cidades. Isso é determinado por um conjunto de fatores, que vão desde a facilidade que as pessoas têm de se mover de um local a outro até as tecnologias disponíveis para isso.
Alguns especialistas chegam a definir a mobilidade urbana como a capacidade dos indivíduos de participarem de suas atividades rotineiras em diferentes lugares. Isso também vale para as mercadorias e objetos, que podem ser comercializados em todas as localidades.
De todo modo, é preciso considerar que o seu objetivo é a eficiência. Nesse sentido, não se trata apenas do deslocamento em si, mas dos impactos que ela causa.
Uma cidade com uma quantidade excedente de veículos circulando, por exemplo, tem índices mais altos de poluição do ar. Portanto, a mobilidade também está relacionada à sustentabilidade.
Os benefícios da mobilidade urbana são facilmente percebidos:
⦁ melhoria da saúde e qualidade de vida devido à redução da emissão de poluentes, diminuição de doenças respiratórias, cardíacas e de obesidade;
⦁ aumento da eficiência energética com uso racional de combustíveis fósseis e novas opções de modais;
⦁ aumento da vitalidade e segurança das ruas;
⦁ mais usuários em espaços públicos, inibindo ações criminosas, como furtos e roubos;
⦁ redução expressiva de congestionamentos;
⦁ diminuição do número de vítimas e dos custos com acidentes de trânsito.
Muitas pessoas acreditam que a mobilidade urbana é um fator que depende de evoluções ultra tecnológicas ou grandes obras de infraestrutura. Embora ambas sejam muito importantes, existem medidas que podem ser tomadas para melhorar, pouco a pouco, a mobilidade nas cidades com aquilo que já está disponível no mercado hoje.
Para alcançar esse objetivo, é preciso combinar soluções como o aprimoramento das vias urbanas e o investimento em transporte público de qualidade, por exemplo. Mas essa é apenas a ponta do iceberg. Existem diversas ações que devem ser adotadas pelos governos, pelas empresas e pelas pessoas para melhorar a mobilidade urbana.
Qual é a importância da mobilidade urbana?
A necessidade da mobilidade sempre esteve presente na vida das pessoas. Quanto mais gente mora nas cidades, mais importante é fazer com que a experiência de ir de A para B seja agradável.
Em 2050, pelo menos 70% da população global viverá nas cidades que mudam a todo instante, pessoas correndo de um canto para o outro, carros, caminhões, motos, bicicletas, patinetes e pedestres disputando o mesmo espaço público. Somado a isso, temos também a falta de estacionamento, o estresse no trânsito e a poluição que afeta, inclusive, a saúde.
Combater esses males é a única forma de alcançar maior qualidade de vida. Por isso, é primordial reduzir os níveis de tráfego, optar por alternativas mais limpas e seguras e investir na eficiência de diferentes modais de transporte.
Construir uma mobilidade urbana mais conectada e inteligente proporcionará uma vida mais tranquila para todas as pessoas. Dessa forma, é possível utilizar o transporte disponível no momento, sem estresse ou preocupação — afinal, a flexibilidade de recursos deve ser constante. Em outras palavras, é importante ter uma alternativa adequada a qualquer necessidade, a qualquer hora ou lugar.
Nesse sentido, a Bosch reconhece e assume sua responsabilidade global não só pela ação climática, mas também pelo combate à poluição do ar — outro fator indispensável para uma boa mobilidade urbana. Para isso, ela acredita na tecnologia “inventada para a vida” como uma aliada na transformação das cidades e do mundo em um lugar melhor.
Quais são os principais desafios da mobilidade urbana?
As cidades estão se expandindo em um ritmo cada vez mais veloz. A urbanização é uma tendência que está se consolidando e varrendo absolutamente todo o globo, não deixando nenhuma cidade de fora. Como consequência, uma mudança fundamental na mobilidade está acontecendo, gerando novos desafios em relação à forma como as pessoas se deslocam de um lugar a outro.
Não é possível fugir da seguinte equação: quanto mais pessoas moram em uma localidade, maior é a concentração de tráfego — o que, por sua vez, resulta em mais congestionamentos, violência no trânsito e até mesmo poluição do ar. Mas esses não são os únicos problemas. Confira a seguir os principais desafios enfrentados diariamente nos grandes centros urbanos.
Cidades superpopulosas
O crescimento populacional é algo que acontece em uma velocidade acelerada. Nesse local, as pessoas precisam ir ao trabalho, ao mercado, à escola, ao médico, visitar outras pessoas — e utilizam algum meio de locomoção para isso. Além do mais, de acordo com a última atualização do IBGE, já são mais de 100 milhões de veículos motorizados nas ruas.
Por isso, muitas cidades hoje não dão conta de efetuar mudanças para comportar tantas pessoas vivendo nos centros urbanos. Quanto maior a concentração em um único lugar, maior é a necessidade de ter uma mobilidade eficiente que integre todos os tipos de modais e que atenda o ir e vir da população.
A manutenção da malha viária existente e investimentos em meios de transporte alternativos são algumas das maneiras para atender essa demanda tão acentuada.
Infraestrutura
Entre os desafios da mobilidade urbana está a carência de infraestrutura para comportar determinadas mudanças. Muitas das cidades foram construídas quando ainda nem existiam carros e a mobilidade era vista de uma forma diferente até então. Em função disso, hoje existem problemas que precisam ser resolvidos, como:
- vias muito estreitas;
- falta de espaço para ciclovias;
- mão única em vias que não comportam o tráfego.
Além desses desafios, existem poucos sistemas de transporte eficientes para deslocar as pessoas sem aumentar o número de veículos rodando nas ruas. Também faltam recursos para otimizar o tráfego, aumentar a segurança no uso das calçadas e até mesmo implementar vias para transportes alternativos, como as bikes.
Falta de investimento
Outro desafio frequente da mobilidade urbana são os altos investimentos que precisam ser feitos. Em alguns casos, é compreensível que a modificação das vias seja mais complexa e dificultosa. No entanto, muitas obras simples que poderiam ser realizadas não são, por falta de investimento do setor público, como é o caso do melhoramento das calçadas, que poderiam servir como um estímulo aos pedestres.
Em geral, outras questões acabam recebendo a atenção dos governantes, deixando a mobilidade urbana para mais tarde. É por isso que as parcerias entre o setor público e o privado são tão importantes para agilizar tanto os investimentos quanto a própria operacionalização das obras.
Com a tecnologia, muitos avanços já foram conquistados. É possível analisar algumas iniciativas como os serviços de entrega ou os carros compartilhados, por exemplo, que já fazem uma grande diferença diariamente no tráfego.
Alto volume de veículos
Ter seu próprio meio de transporte hoje é sinônimo de mais segurança, comodidade e independência. No entanto, é bastante comum encontrar carros com capacidade para até sete passageiros transportarem apenas o motorista.
Muitas famílias optam por ter mais de um veículo em casa para evitar trajetos mais longos e ainda mais tempo no trânsito. Acontece que, com mais motorizados nas ruas, mais denso se torna o tráfego, o que gera uma espécie de círculo vicioso.
Para combater esse tipo de cenário, é preciso implementar algumas iniciativas, como rodízios de carros rodando nas ruas, estimular as caronas solidárias (principalmente entre colegas de trabalho), adotar meios de transportes alternativos (não motorizados) e assim por diante.
Transporte público precário
O transporte público é uma das maneiras mais fáceis de diminuir a quantidade de veículos particulares nas ruas. No entanto, uma das razões pelas quais muitas pessoas não aderem a esse meio é porque ele é ineficiente — não proporciona segurança, em alguns locais não está disponível de forma constante ou está em lotação máxima (principalmente nos horários de pico).
Além disso, nas grandes cidades até já se encontra uma variedade maior de modais oferecidos à população, mas o mesmo não ocorre nos demais municípios. Em alguns casos, apenas grandes metrópoles contam com opções de linhas de trens e metrôs, que oferecem uma capacidade maior.
Em geral, são as empresas de ônibus que ficam responsáveis pelo transporte público. Nesse caso, a qualidade dos serviços nem sempre é satisfatória, o que acaba se tornando mais um motivo para as pessoas recorrerem a veículos próprios.
Quais são os avanços na América Latina?
Apesar do cenário por vezes desanimador, já existe uma série de iniciativas que estão sendo adotadas na América Latina para reverter a ineficiência da mobilidade urbana. A seguir você poderá conhecer melhor cada uma delas. Confira!
Ascensão da economia compartilhada
Você certamente já ouviu falar sobre as caronas solidárias e os aplicativos de compartilhamento de carros. Serviços assim ajudam a reduzir o número de veículos nas vias e ainda proporcionam diversos outros benefícios, como a diminuição da emissão de CO₂, a possibilidade de ampliar seu networking, menos estresse e, é claro, mais qualidade de vida.
As pessoas estão começando a se dar conta de que utilizar um veículo com um único passageiro é, sobretudo, um desperdício. Com isso, veio a alternativa de oferecer uma carona para alguém que esteja indo para a mesma direção. Dessa forma:
- o motorista pode dividir os custos com o caroneiro;
- o caroneiro fica mais confortável durante a viagem;
- o tráfego fica mais fluido e menos estressante.
Também é preciso mencionar o importante papel de aplicativos como Uber e 99, que permitem fazer corridas compartilhadas. Esse também é um exemplo de transporte inteligente, que aproveita melhor a capacidade do veículo, alivia o número de motores transitando pelas ruas e proporciona bem-estar aos ocupantes.
Ciclovias
As ciclovias já vêm sendo implementadas em muitas cidades da América Latina. Esse é um investimento importante para viabilizar trajetos seguros para os ciclistas e estimular o uso desse meio de transporte não motorizado.
Para deslocamentos mais curtos, a bicicleta é uma forma muito indicada de aliviar o trânsito nas vias convencionais. O bom é que o usuário ainda aproveita outros benefícios, como fugir do sedentarismo e aproveitar um pouco mais o dia ao ar livre.
Muitas empresas também estão contribuindo para que esse hábito seja cada vez mais frequente entre os seus colaboradores. Parte delas costuma adotar bicicletários, fornecer vestuário e até negociar horários mais flexíveis para quem adere à causa.
Além disso, dependendo de onde você mora, nem é preciso comprar uma bicicleta. Existem empresas de compartilhamento que disponibilizam esse meio de transporte para aluguel e você só paga pelo tempo que usar. Para quem não gosta de pedalar, também há a opção dos patinetes elétricos, que funcionam de maneira muito semelhante. Só são um pouco mais caros.
Adaptação da jornada de trabalho
Como seria se você pudesse alterar sua jornada de trabalho para fugir dos horários de pico no transporte público?
Essa ideia já vem sendo comprada por muitas empresas que perceberam que a produtividade dos seus colaboradores não cai se houver uma pequena modificação no momento de sua entrada e saída.
Além disso, o home office também pode contribuir bastante para o objetivo de desafogar as ruas. Seja em apenas um dia na semana ou em quase todos eles, essa iniciativa também ajuda a diminuir o número de veículos nas vias e de pessoas no transporte público.
A melhor notícia é que todos ganham por isso, já que os colaboradores se sentem menos estressados, mais descansados e felizes. Com isso, o seu desempenho melhora, assim como a satisfação com a empresa.
Ainda é preciso seguir um árduo caminho para chegar ao nível de cidades exemplo de mobilidade urbana ao redor do mundo, como já ocorre na Holanda, Alemanha, Dinamarca e Reino Unido. É impressionante ver o que esses países conquistaram, como:
- maior número de bicicletas do que de carros e até de pessoas;
- sistemas de sinais de tráfego inteligentes;
- grande diversidade de modais de transporte;
- trens super rápidos com extrema pontualidade;
- utilização de ônibus elétricos;
- rodízio de veículos.
Modelos para seguir não faltam, mas há muito caminho ainda a ser percorrido para chegar ao patamar desses países.
Maior utilização da tecnologia
Não adianta focar apenas na infraestrutura e deixar de lado a tecnologia. Ela será a grande responsável por impulsionar a mobilidade, dando vazão ao trânsito das cidades. A Bosch vem trabalhando por meio de sistemas e iniciativas, a fim de auxiliar no processo, promovendo a sustentabilidade no tráfego de veículos.
Como a tecnologia pode transformar o trânsito nas cidades ou a mobilidade urbana?
Uma coisa é certa: a mobilidade urbana exige eficiência. Para isso, a solução inicial é desafogar as vias. A emissão de poluentes vinda do trânsito é algo realmente preocupante para o aquecimento global. Em outras palavras, essa é uma situação insustentável, já que existe um número alto de carros rodando as vias no mundo todo.
Por isso, muitas empresas estão pesquisando, desenvolvendo e produzindo alternativas de veículos que não emitam ou emitam poluentes a nível muito próximo a zero. E essa é uma realidade muito próxima de estar disponível nas ruas de todos os países.
Logo, com menos emissões provenientes de carros, motos, caminhões e assim por diante, o planeta sofrerá menos impactos vindos do trânsito. Isso é um avanço importante em termos de qualidade de vida e saúde da população.
As e-bikes e outros dispositivos elétricos também devem se tornar algo tão corriqueiro quanto são os carros hoje, por exemplo. Eles podem se tornar um dos principais meios para o deslocamento das pessoas a curtas distâncias. Uma forma mais eficiente de se locomover.
Além disso, os carros autônomos também fazem parte desse futuro mais conectado e com mobilidade. A condução automatizada tende a reduzir drasticamente o número de acidentes. E com um trânsito mais tranquilo e fluido, o nível de estresse dos passageiros é diminuído, resultando em viagens mais relaxantes e mais bem aproveitadas.
Todos os veículos deverão se tornar mais conectados e interconectados com o trânsito, em geral. Sendo assim, não há por que existir engarrafamento, uma vez que cada dispositivo reconhecerá as melhores rotas, que serão sempre as mais inteligentes, práticas e viáveis, já que isso é calculado por algoritmos.
A inteligência artificial e a Internet das Coisas (IoT) também são parceiras importantes para um futuro promissor da mobilidade urbana. Elas já têm um papel muito importante no monitoramento do tráfego e da segurança pública, por exemplo. No futuro, seu potencial é enorme e os limites para a sua aplicação sequer são conhecidos.
Por fim, mas não menos importante, é possível esperar o avanço das smart cities, ou cidades inteligentes. Essa terminologia é utilizada para se referir àqueles projetos que visam a otimização dos espaços urbanos, principalmente por meio da tecnologia.
Entre as novidades que podem ser esperadas para a mobilidade das smart cities estão o uso de plataformas digitais e sistemas de compartilhamentos de informação. São esses recursos que permitirão que você peça (e receba) um carro autônomo ou de terceiros de forma tão rápida quanto enviar uma mensagem de texto.
Os aplicativos de carro são um bom exemplo. Mas a tendência é de que o tempo entre a solicitação e a chegada do veículo diminua cada vez mais, atribuindo ainda mais eficiência e agilidade para o seu deslocamento.
Como a Bosch trabalha a mobilidade urbana?
A Bosch atua proativamente na preparação de cidades do futuro com soluções tecnológicas que ajudam a melhorar a qualidade de vida em megacidades e aglomerados urbanos. Os esforços estão focados em criar um ambiente que seja livre de emissões, de estresses e de acidentes.
Programa Eletrônico de Estabilidade
Junto ao cinto de segurança e ao airbag, o ESP® (Programa eletrônico de estabilidade) é um dos mais importantes “salva-vidas” em um veículo. “O desenvolvimento do Programa Eletrônico de Estabilidade foi um marco na busca pela ‘visão zero’, que visa o fim das mortes nas rodovias”, afirma Harald Kroeger, membro do conselho de administração da Bosch mundial. “O ESP® é um excelente exemplo do que entendemos por tecnologia para a vida”, completa.
O sistema surgiu em 1995, mas continua atual. Isso porque a Bosch tem aprimorado continuamente seu sistema anti-derrapagem, tendo produzido mais de 250 milhões de sistemas ESP®. Em todo o mundo, 82% de todos os veículos novos de passeio estão equipados com o ESP® – em 2017, este número era de 64%.
Frenagem automática de emergência (AEB)
O AEB é um sistema de assistência ao condutor que pode evitar as colisões traseiras e atropelamentos ou, ao menos, reduzir consideravelmente o impacto desses acidentes.
O sistema de Frenagem Automática de Emergência funciona com velocidades entre 10 km/h e 80 km/h, mas pode variar conforme especificações da montadora ou modelo de veículo. O radar ou a câmera de vídeo frontal detecta um obstáculo potencial (veículo, pedestre ou ciclista) à frente com risco de colisão e alerta o motorista através de um sinal no painel (luminoso e/ou sonoro) para que ele tenha tempo de reação. Se não houver reação por parte do motorista ou se ela ainda for insuficiente, o sistema realiza a manobra de frenagem de emergência.
Soluções para motocicletas
A Bosch também trabalha a mobilidade oferecendo insumos para que os motociclistas conduzam em segurança. Desde 1984, a empresa vem aperfeiçoando o Sistema Antibloqueio de Frenagem (ABS) para motocicletas, a fim de que esse item de segurança possa ser item obrigatório em todas as classes de veículos.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa, cerca de um em cada quatro acidentes de motocicleta que envolvam lesões ou morte poderiam ser evitados se todos os veículos fossem equipados com ABS.
Outra solução é o Piloto Automático Adaptativo (ACC) que ajuda a ajustar a velocidade da moto ao fluxo do tráfego, mantém a distância necessária e segura do veículo à frente.
Além disso, o ACC oferece um conforto maior ao condutor, mas também permite que ele se mantenha concentrado na estrada, principalmente quando o tráfego está intenso.
A Bosch também desenvolve um sistema de alerta de colisão para motocicletas que diminui o risco de um choque traseiro. O sistema é acionado assim que o veículo entra em movimento e dá suporte ao condutor em todas as velocidades. Se ele detecta a proximidade perigosa de outro veículo, o motociclista é avisado por meio de um sinal acústico ou óptico.
A empresa também investe na estabilidade das motocicletas, por meio do Controle de Estabilidade para motos (MSC), primeiro sistema de segurança completo para veículos de duas rodas do mundo. Com o monitoramento dos parâmetros da moto, como o ângulo de inclinação, o sistema consegue realizar ajustes instantâneos, intervindo nas frenagens e acelerações,proporcionando assim uma condução mais segura mesmo em curvas acentuadas.
Aumento da eficiência dos motores diesel
Junto da fabricante chinesa de motores Weichai Power, a Bosch conseguiu criar um aumento de 50% na eficiência do motor a diesel da empresa para veículos comerciais. O objetivo de ambas é tornar os veículos comerciais mais limpos, seguros e inteligentes.
A expectativa da Bosch é de que, em 2030, cerca de um terço de todos os veículos novos registrados em todo o mundo sejam elétricos. No entanto, dois terços deles ainda serão movidos por um motor de combustão, muitos deles como híbridos.
Células de combustível
Outro ponto trabalhado pela Bosch é o powertrain silencioso abastecido por hidrogênio. Na célula de combustível, o hidrogênio é convertido em energia elétrica para o motor do veículo. Tudo o que sai do escapamento é água, ou seja não há emissão de CO₂.
A inovadora tecnologia de células de combustível da Bosch está sendo desenvolvida para caminhões pesados e há planos de utilizá-la em automóveis de passageiros no futuro.
Estudos e Projetos Bosch para o futuro da mobilidade
Direção autônoma: veículos e infraestrutura urbana atuando juntos
Pedestres fora do campo de visão dos veículos, ciclistas passando em frente ao carro, ônibus que aparecem repentinamente: controlar o tráfego pode se tornar uma tarefa bastante difícil. Projetos onde os postes fossem equipados com sensores de vídeo utilizando tecnologia de telefone celular para fornecer aos veículos informações críticas em tempo real, permitindo detectar obstáculos – sejam eles carros, bicicletas ou pedestres – de forma rápida e confiável, já estão sendo estudados. As conclusões serão usadas para desenvolver ainda mais as tecnologias automotiva, celular e a direção autônoma.
A mobilidade do futuro
Um design leve, arejado e minimalista. Um revestimento externo futurista feito de telas, vidro e um interior espaçoso - é assim que os engenheiros descrevem a nova estrutura, mas na verdade essa descrição também se encaixa em uma classe completamente nova de veículos: meio de transporte elétrico sem motorista que desliza quase que silenciosamente pelo centro das cidades e conectado ao ambiente. Este será um cenário comum nas estradas em breve – estejam eles transportando pessoas ou bens e, no futuro, a empresa também oferecerá esses tipos de serviços, agrupando-os em um ecossistema perfeitamente inteligente e conectado.
Entre as soluções estão serviços de reservas, compartilhamento, plataformas de rede, estacionamento, recarga, soluções de software para gerenciamento e manutenção dos veículos, bem como infotenimento durante a viagem. “A Bosch está desenvolvendo um pacote único de hardware, software e serviços de mobilidade para o transporte do futuro”, afirma Dr. Markus Heyn, membro da direção mundial do Grupo Bosch.
Serviços Bosch para usuários e condutores
O surgimento desse segmento é resultado da crescente demanda por serviços de compartilhamento de viagens: somente na Europa, nos EUA e na China, cerca de um milhão desses veículos estarão nas estradas já em 2020, crescendo para 2,5 milhões de pessoas até 2025 (fonte: Roland Berger). Muitos desses veículos, disponíveis 24/7, serão totalmente elétricos e também completamente autônomos em meados da próxima década. É por isso que a Bosch equipou cada centímetro quadrado de seu micro-ônibus-conceito com a diferentes tecnologias de motores elétricos e sensores surround de 360 graus para gerenciamento de conectividade e computadores de bordo. No entanto, esses componentes e sistemas são apenas uma parte no caminho para a mobilidade desse meio de transporte. Para desenvolver transportes compatíveis com o dia a dia, eles precisam estar conectados com os serviços da mobilidade. “No futuro, todo veículo na estrada usará os serviços digitais da Bosch”, destaca Heyn. Esses serviços permitem, por exemplo, que os usuários reservem os veículos, compartilhem caronas com outros passageiros e ainda paguem por suas viagens.
Reserva e compartilhamento
Os usuários podem facilmente reservar um serviço de transporte, independentemente de estarem relaxando no sofá ou trabalhando. Atuando nos bastidores, um algoritmo identifica o veículo mais próximo do local solicitado e encontra outros usuários que desejam viajar por um caminho semelhante. Quanto mais passageiros um único ônibus puder transportar, mais barata será a viagem. Além disso, essa abordagem reduz também a quantidade de tráfego nas cidades e reduz os impactos no meio ambiente. A Bosch já está desenvolvendo a plataforma de software necessária para fazer com que isso aconteça. Quando o ônibus chega ao ponto de embarque solicitado, os usuários novamente usam seus smartphones para se identificarem, graças ao serviço de acesso digital Perfectly Keyless da Bosch. Ele reconhece o smartphone do proprietário por meio da impressão digital e cada passageiro senta no assento em que reservou.
Avançando: eletrificado e automatizado
O acionamento elétrico por eixo da Bosch faz com que esses veículos sejam
especialmente eficientes, além de acessíveis, à medida que passam pela cidade. E o serviço de Recarga de Conveniência da empresa sabe quanto tempo durará a carga da bateria e onde recarregar o veículo.
Assim, mesmo atualmente, os motoristas não precisam mais se preocupar em ficar parados por conta de uma bateria descarregada. Além disso, vincula informações sobre os veículos, como o estado atual da carga da bateria ou a quantidade de energia que os sistemas de aquecimento e ar-condicionado estão consumindo, com dados ambientais, como congestionamento e previsão do tempo, de modo a prever o alcance do veículo com precisão. O Convenience Charging também encontra a estação de recarga ideal e pode reservá-la com antecedência. E, graças a um sistema padronizado de acesso e pagamento, o abastecimento é feito de forma rápida e segura.
Os e-shuttles também fornecem aos motoristas um transporte seguro. Para automação, a Bosch desenvolve e fabrica seus próprios sensores de radar, vídeo e sensores ultrassônicos, sistemas de controle de frenagem e direção elétrica, para citar alguns exemplos. Serviços digitais inteligentes também são indispensáveis: os serviços preditivos de condições de estrada da Bosch permitem que os veículos autônomos saibam com antecedência as possíveis condições ambientais. Assim, podem adaptar o seu estilo de condução conforme necessário, de modo a garantir a máxima segurança durante toda a viagem. Já o Bosch road signature é um serviço de localização baseado em mapas, com o qual os veículos autônomos podem determinar com precisão a sua posição na rodovia em poucos centímetros.
Interior confortável
A Bosch projetou o interior de seu veículo-conceito para oferecer espaço para quatro passageiros, posicionando-os um em frente ao outro. O infotenimento é fornecido em telas que podem ser usadas por cada passageiro individualmente ou em grupos, por exemplo, uma família pode assistir a um filme juntos enquanto viajam ou colegas podem trabalhar em uma apresentação no caminho para o escritório.
Os smartphones utilizam o Wi-Fi integrado e podem adaptar-se perfeitamente ao sistema de infotenimento, graças à tecnologia de conectividade da Bosch. O serviço de concierge transforma o micro-ônibus em um assistente pessoal. Com todos os tipos de informações à sua disposição, o serviço de transporte pode fornecer aos passageiros recomendações, reservas antecipadas, boletins meteorológicos e dicas de viagem a qualquer momento. E, uma vez que o ônibus tenha chegado ao seu destino, os passageiros podem pagar por sua jornada com o serviço de pagamento eletrônico da Bosch.
Califórnia como cidade-piloto para condução autônoma
A Bosch e a Daimler têm um projeto conjunto de cidade-piloto com foco em uma série de serviços de mobilidade, que vão desde o compartilhamento de veículos (Car2Go), transporte privado (myTaxi) até plataformas multimodais (Moovel). Além disso, elas escolheram a empresa de tecnologia norte-americana Nvidia, a fim de que esta oferecesse uma plataforma de inteligência artificial como parte de sua rede de unidades de controle, permitindo assim a integração da mobilidade de toda a cidade.
A ideia é formar uma nova era de mobilidade, mais sustentável e segura. Isso vem desde a fundação da empresa.
Apesar dos inúmeros desafios proporcionados pela situação da mobilidade urbana atualmente, é possível investir de maneira eficiente para melhorar a realidade de muitas cidades. Avanços tecnológicos importantes estão acontecendo, e muitas pessoas estão conscientes sobre a importância de um uso mais responsável dos recursos disponíveis, inclusive para a locomoção urbana.
A ideia é atender à demanda, por exemplo, por caminhões elétricos e potencializar entregas, com economia de combustível e menor incidência de manutenção, garantindo assim fluidez da mobilidade urbana.
Transformar a mobilidade é o que nos move!